12 de Novembro de 2014, 37 semanas + 4 dias
Depois de ter passado a pior noite da minha vida começa a surgir uns raios de sol pela janela. Eu entusiasmada pensando que estava perto de me tirarem todo aquele aparato da barriga e de me nadarem para casa mais uma ou duas semanas. Mas mais uma vez enganei me!
Nessa manhã não houve banho como habitualmente. Eram oito e pouco quando trouxeram o pequeno almoço um "papo seco" e um leite com café. Lembro me que a minha vontade de comer era pouca e acabei por beber o leite e comer pouco menos de metade do pão, não apenas porque a fome era pouca mas porque cruzaria me agora pela primeira vez com o Dr. V.V. aquele que viria a ser um anjo na minha vida e eu mal sabia.
Depois de um toque maldoso ele decidiu que não haveria motivos para esperar mais, que chegaria ao fim o meu sofrimento e que dentro de dois três dias estaria de regresso a casa com o maior presente da minha vida.
Deu me por volta das nove e pouco o primeiro e único comprimido para provocar o parto. As dores foram surgido primeiro ao de leve até se tornarem insuportáveis! Rebentou me as águas pela hora de almoço e já nem tive direito a comer. Chegou a hora da visita e com ela os dois dedos e meio de dilatação o que me levaria até a sala de partos. Três horas e tal e lá estava eu na sala de partos com vista para os prédios ao lado do que eu morava na altura. Sentada numa bola de pilates de baixo do chuveiro a espera da anestesista.
Pouco faltava para as quatro e chegou a anestesista, super meiga e simpática. Eu cheia de medo sentada na cama de pernas a chinês cheia de dores abraçada a uma almofada, só dizia "Eu não consigo, e se!? ". O meu maior medo era me mexer, mas correu tudo bem e não me doeu absolutamente nada e foi assim a primeira e única dose de epidural que levei. Depois da epidural as dores passaram apenas se manteve aquela vontade de fazer força e a isto se juntou o sono. Dormir até as 17 horas quando entrou uma enfermeira na sala e eu lhe disse que não aguentava mais. Ela admirada disse que ainda era cedo mas que me ia examinar e qual não foi o seu espanto quando viu que já estava com os dez dedos de dilatação! Começou a correria põe bata, põe toca, chama médicos, prepara utensílios e dizia "Faz força"! Anh!? Faço força como se anda tudo de um lado para o outro e não está ninguém aqui para aparar o bebé!?
E assim foi era 17:31 quando o Tomás nasceu! Foram meia dúzia de forças bem feitas e nem um ai e ele estava cá fora. Chuveram elogios que tinha sido uma excelente grávida, que como eu apanham poucas que não fiz uma única força mal que nem sequer um grito dei.
O Tomás nasceu com 2,940 kg e 48 cm, um rapaz cheio de saúde.

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