Nunca vós contei mas tenho uma relação um pouco complicada com motos. Não gosto e ponto. Não existe nenhum motivo em concreto, nunca cai de nenhuma, nunca fui atropelada nem há historias relacionadas com familiares e amigos que não tivesse corrido bem (tirando a minha mãe que era uma Ás em cair de mota e ainda escangalhou uma, mas é doida por elas). Dês de miúda que tenho uma grande ligação com motas, a minha mãe como referi que é doida por elas, o meu avô que tinha mota e por ai fora por isso estão a ver que a vida toda tenho levado com elas mesmo sem as poder ver a frente.

A uns anos atrás a minha mãe comprou uma mota e decidia muitas vezes ir me buscar a escola nela e eu chorava baba e ranho para me montar, tremia o caminho todo e quando saia de cima dela jurava que não me voltava a sentar lá, claro que isso se repetia entre andar de mota e ir a pé para casa preferia chorar que nem uma louca do que ir a pé.

Aqui por casa parece que temos mais alguém que não está a achar muita piada a motas (ainda bem meu filho nem sabes o peso que me tiras te de cima, quem não gostou foi a avó). Hoje de manhã fomos ao café e à porta tem uma motinha daquelas que nós levam as moedas todas e que todos os miúdos deliram. Ele assim que chegou ficou encantado e já não saia de volta dela, mas assim que a avó lhe pus a moeda na ranhura começou uma sinfonia de gritos! Gritou o tempo todo e não des-largou o volante nem por nada, assim que acabou já não quis mais se sentar nela até fugia de nós a sete pés.

Fiquei muito aliviada por ele não ter essa paixão que deixa qualquer mãe com o coração nas mãos. Vamos lá ver é se ele com o tempo não muda de ideias.






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