Hoje foi diferente não sei porque, talvez esteja a ficar calejada...

 Ele chorou,  esperneou e tudo mais o que possam imaginar a saída do café. Tudo porque lhe disse " Não! ", ele queria um gelado e eu não lhe dei! Uma história tão simples e ele fez um aparato enorme. Agarrei o pelo braço e tentei leva lo para o carro, ele não andava arrastava se pelo chão e decidi senta lo ali mesmo, na esquina de um prédio, com uma calçada portuguesa lindíssima mas que neste momento se encontra em obras e por isso o pó abundava no ar. Conseguem imaginar todo o cenário?
Dou meia dúzia de passos em frente e ele ali continua a chorar e a bater com as pernas no chão, já eu não perdi o sorriso. Chamei lhe calmamente e muitas vezes, e ele... NADA. Passam duas senhoras de idade acompanhadas por um senhor também mais velho... O Tomás ali continuo e despertou a atenção das senhoras que rapidamente começaram a comentar... Se fosse noutro dia teria ido a correr levanta lo e teria me enfiado no carro o mais rápido possível mas não. Mantive a minha postura,  o meu sorriso e ainda troquei palavras com estas duas senhoras. Continuei a andar e ele foi ficando para trás, quando percebeu que eu não ia ceder aquela birra sem pés nem cabeça levantou se, passou por nós a correr e a rir. Sim era só fita.

Eu não tive vergonha como nos outros dias em que ele chora e todas as pessoas que nos rodeia olham e comentam. Pensei "por que raio temos nos de ter vergonha!?".  Temos de encarar a vida como ela é, e as birras fazem parte.  É mais bonito saber lidar com elas com um sorriso, seriedade e paciência, do que aos gritos e com medo das críticas dos outros. Não temos de os esconder porque estão a chorar e espernear temos de os saber enfrentar e controlar! Quem tem poder somos nós sobre eles e não eles sobre nós! Afinal ainda somos pais!


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